HISTÓRICO
AÇUDE PÚBLICO CRUZETA
“O município de Cruzeta nasceu com a construção do açude público.”
Em 1910, quando era Presidente da República Brasileira, o Estadista Dr. Nilo Peçanha e Governador do nosso Estado, o Dr. Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão, teve lugar o estudo do açude de Cruzeta. Após dez anos (1920), recebia o despacho para a sua construção.
Para ser efetuada a construção do manancial, foi preciso executar a desapropriação de terras onde o mesmo seria construído. Muitas pessoas doaram pequenos lotes de terras, mas foi o Sr. Joaquim José de Medeiros que doou o maior lote.
A construção do açude público de Cruzeta se deu através da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas – INFOCS, depois DNOCS.
A obra seguiu a todo vapor no ano de 1922, e terminou em 1928. Em 27 de março de 1929 operários, engenheiros e o povo em geral assistiam ao empolgante espetáculo do primeiro transbordamento de suas águas.
O açude Cruzeta encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica Piranhas-Açu, sendo banhado pela sub-bacia do Rio Salgado, que o atravessa em sua porção. Seus afluentes mais importantes são: Rio Quimporó e os riachos: Poço de Pedra, Cachoeirinha, das Lajes, Cajazeira, Saquinho, da Cachoeira e do Ingá, da Caiçarinha, Jardim e Perninha, do Navio, Pau d’Arco, Riacho do Meio e Logradouro. Na porção central, próximo à sede do município, encontra-se o açude de grande porte, o Cruzeta (35.000.000m3/público), alimentado pelo riacho São José. Os rios são temporários e deságuam no açude público.
A PESCA COMO FONTE DE SUBSISTÊNCIA
Desde a construção do açude público – Cruzeta, o povo que habitava o povoado e posteriormente a Vila dos Remédios, vivia da agricultura e da pecuária, mas, acima de tudo da pesca do manancial.
Durante décadas o povo cruzetense retirou das águas do açude a sua subsistência, tanto em peixes como na irrigação. Para tanto, os nativos da Vila ganhou o apelido de piabeiros em decorrência da enorme quantidade de peixes que era pescado no açude.
Hoje, essa prática vive aos cuidados da Colônia dos Pescadores, que através de uma associação, mantém viva a prática pesqueira no município.
PRINCIPAIS ESPÉCIES DE ANIMAIS AQUÁTICOS DO AÇUDE CRUZETA
CASCUDO
Cascudo é a designação comum aos peixes siluriformes da família Loricariidae, também conhecidos como acari, cari, boi-de-guará e uacari. Os loricariídeos são peixes exclusivamente de água doce, que habitam os rios e lagos da América Central e do Sul.
Os cascudos caracterizam-se pelo corpo delgado, revestido de placas ósseas, e pela cabeça grande. A boca localiza-se na face ventral e em algumas espécies é rodeada por barbas. Estes peixes vivem nos fundos dos rios, até cerca de 30 metros de profundidade, e alimentam-se de lodo, vegetais e restos orgânicos em geral.
CURIMATÃ
Nome popular: Curimbatá, curimatã, curimba.
Nome científico: Prochilodus scrofa, P. lineatus, P. platensis. P nigricans, P. marggravii.
Descrição: Peixes de escamas. A coloração é prateada, o tamanho é médio e a principal característica é a boca protrátil, em forma de ventosa, com lábios carnosos, sobre os quais estão implantados numerosos dentes diminutos dispostos em fileira.
Ecologia: Espécies detritívoras, alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos associados à lama do fundo de lagos e margens de rios. Realizam longas migrações para reprodução.
Equipamentos: A pesca é praticada principalmente nos barrancos de beira do rio com equipamentos simples. As varas são de bambu, variando de 2 a 4m. A linha, geralmente uns 50cm maior que a vara, são de 0,30 a 0,4Omm. Os anzóis são pequenos e finos para facilitar a fisgada.
Iscas: A melhor isca é a massa de farinha de trigo iscada no anzol até a metade do colo. Deve ser consistente, nem muito dura, nem mole demais.
Dicas: Não é um peixe fácil de pescar porque pega a isca muito de leve, exigindo bastante calma e sensibilidade do pescador para efetuar a fisgada no momento exato.
CÁGADO
Os quelônios, quelónios ou testudíneos são répteis da ordem Testudinata (Chelonioidea). Esse grupo está representado pelas tartarugas (as marinhas e as de água doce), pelos cágados (de água doce) e pelos jabutis (terrestres)
Esses animais apresentam placas ósseas dérmicas, que se fundem originando uma carapaça dorsal e um plastrão ventral rígidos, que protegem o corpo. As vértebras e costelas fundem-se e a essas estruturas. Os ossos da carapaça são recobertos por escudos córneos de origem epidérmica. Não possuem dentes, mas apresentam lâminas córneas usadas para arrancar pedaços de alimentos.São todos ovíparos. O grupo tem cerca de 300 espécies, e ocupa habitats diversificados como os oceanos, rios ou florestas tropicais. Os quelônios estão na lista dos maiores répteis do mundo.
A ordem Testudinata subdivide-se nas subordens Pleurodira e Cryptodira, conforme a posição do pescoço quando a cabeça se encontra dentro da carapaça.
PIABA
Piaba, também conhecido por piava, piau e aracu, é um peixe encontrado nos rios ou açudes do Brasil, principalmente nas regiões sudeste, centro-oeste, sul e também no nordeste brasileiro.
É um peixe de cor brilhante, prateada. A boca é pequena, porém possui dentes fortes e capazes de arrebentar anzóis fracos. Costuma nadar muito em busca de comida. Suas preferências são por vegetais, larvas de insetos e pequenos peixes.
Anualmente, as piabas efetuam uma migração em direção à nascente para reprodução e, depois, retornam rio abaixo. Pode-se encontrá-las em canais de rios, açudes e em cachoeiras. É um peixe que gosta de água corrente.
PIAU
Peixes de escamas; corpo alongado e fusiforme; boca pequena e dentes incisivos (características da família).
Espécies onívoras, com tendência a carnívoras, consumindo principalmente invertebrados (insetos). São encontradas nas margens de rios, açudes, em locais com fundo arenoso e com pedras. São importantes para a pesca de subsistência e para o comercio local, mercados e feiras.
Iscas: Iscas naturais, como insetos, minhoca, dentre outras.
Dicas: + preciso muita habilidade para fisgar esses peixes, pois sao muito ariscos
TILÁPIA
Tilápia é o nome comum dado a várias espécies de peixes ciclídeos de água doce pertencentes à sub-família Pseudocrenilabrinae e em particular ao gênero Tilapia. Eles são nativos da África, mas foram introduzidas em muitos lugares nas águas abertas da América do Sul e sul da América do Norte e são agora comuns na Flórida, Texas e partes do sudoeste dos EUA, sul e sudeste do Brasil.
TRAIRA
A Traíra (Hoplias sp.) ou Lobó é um peixe carnívoro de água doce da família Erythrinidae. A traíra pertence a um grupo de peixes desprovidos de nadadeira adiposa. É um dos peixes mais populares do Brasil, presente em quase todos os açudes, lagos, lagoas e rios. Nas regiões que oferecem boa alimentação é comum que atinjam 69 cm de comprimento, e alguns exemplares excedem 2 kg de peso. Sua pesca é feita de anzol, com isca de peixe ou carne; as traíras de mais de 1,3 kg só costumam atacar iscas em movimento, como as artificiais. Deve-se ter cuidado ao manipulá-la, pois costumam dar mordidas muito dolorosas e que sangram abundantemente. É indesejável em piscicultura, pois alimenta-se vorazmente de alevinos e peixes jovens de outras espécies. Tem marcada predileção por sombras e escuridão. É um peixe territorialista e canibal; protege suas crias até que se espalhem em meio a vegetação marginal.
TUCUNARÉ
Tucunaré, do Tupi "tucun" (árvore) e "aré" (amigo), ou seja, "amigo da árvore", Cichla spp., é uma espécie de peixe presente nos rios da América do Sul, em especial do Brasil, também conhecida como tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pitanga, tucunaré-vermelho ou tucunaré-pretinho.
Os tucunarés são peixes de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e 1 metro. Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal e são peixes osseos.
Os tucunarés são sedentários e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas. Na época de reprodução formam casais que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, ovos e juvenis. São peixes diurnos que se alimentam de qual quer coisa pequena que se movimenta e outros peixes e até pequenos crustáceos. Ao contrário da maioria dos peixes da Amazônia, os tucunarés perseguem a presa até conseguir o sucesso.
ARUÁ
O aruá (Pomacea sp.) é um molusco gastrópode da família dos ampularídeos, encontrado em rios e lagoas. Tal molusco possui cerca de 15 cm de comprimento e concha castanho-esverdeada. Também é conhecido pelos nomes de ampulária, arauá, aruá-do-banhado, aruá-do-brejo, caramujo-do-banhado, caramujo-maçã, fuá e uruá.
CAMARÃO
O termo camarão (do latim cammārus, caranguejo do mar, camarão, lagostim, derivado do grego kámmaros, ou kámmoros) é a designação comum a diversos crustáceos da ordem dos decápodes, podendo ser marinhos ou de água doce. Tais crustáceos possuem o abdome longo, corpo lateralmente comprimido, primeiros três pares de pernas com quelas e rostro geralmente desenvolvido.
Estes animais pertencentes à classe dos crustáceos, e possuem um exoesqueleto, feito de quitina. Seu corpo é dividido em duas partes: cefalotórax e abdómen. São animais que apresentam um sistema digestório completo, ou seja, com duas aberturas para entrada pela boca e saída pelo ânus de alimentos. Também possuem sexos separados e sua reprodução é sexuada.
Os camarões, bem como os insetos, aranhas, siris etc. são animais pertencentes ao filo Arthropoda. Todos os animais pertencentes a esse filo possuem sistema nervoso, formado por gânglios cerebrais bem desenvolvidos, de onde parte o cordão nervoso central ganglionar. Seus órgãos dos sentidos são muito especializados e situados na cabeça. Pode parecer estranho, mas os camarões também se comunicam entre si através de emissão de bolhas de ar, uma maneira adequada para a comunicação interespécie em meio a águas marinhas.
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