quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FIQUE POR DENTRO
"Nós podemos evitar tudo isso".

Quanto tempo leva para decomposição:

Luís da Câmara Cascudo



Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 — Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro.

Passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O Instituto de Antropologia desta universidade tem seu nome. Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estréia, Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971) foram editadas postumamente. Quase chegou a ser demitido por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.
Posições políticas

Foi monarquista nas primeiras décadas do século XX. Durante a década de 1930, combate a crescente influência marxista no Brasil, e, em parte, sob a impressão causada pela assim chamada Intentona Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede da primeira tentativa de um governo fundado nas idéias marxistas da América Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira, o movimento nacionalista encabeçado por Plínio Salgado. Desencantou-se rapidamente com o Integralismo, tal como outro famoso ex-integralista, Dom Hélder Câmara, e já durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu os Aliados, demonstrando sua antipatia aos fascistas italianos e aos nazistas alemães. Fiel ao seu pensamento anticomunista, não se opôs ao Golpe Militar de 1964, mas protegeu e ajudou a diversos potiguares perseguidos pelos militares. Muito contribuiu para a cultura na gestão do Prefeito de Natal, Djalma Maranhão.

Casarão de Câmara Cascudo no Centro Histórico de Natal em Natal.

LIVROS DE CASCUDO
O conjunto da obra de Luís da Câmara Cascudo é considerável em quantidade e qualidade: ele escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro, em um total de 8.533 páginas, o que o coloca entre os intelectuais brasileiros que mais produziram, ao lado de nomes como Pontes de Miranda e Mário Ferreira dos Santos. É também notável que tenha obtido reconhecimento nacional e internacional publicando e vivendo distante dos centros Rio e São Paulo. Nova York EUA nacionalidade de seu pai.


Os títulos listados estão seguidos das publicações originais e suas respectivas editoras. Atualmente alguns deles já foram reeditados por outras editoras.

• Alma Patrícia, critica literária – Atelier Typ. M. Vitorino, 1921
• Histórias que o tempo leva – Ed. Monteiro Lobato, S. Paulo, (out. 1923), 1924.
• Joio – crítica e literatura – Of. Graph. d’A Imprensa, Natal (jun), 1924
• Lopez do Paraguay – Typ. d’A República, 1927
• Conde d’Eu – Ed. Nacional, 1933
• O homem americano e seus temas – Imprensa Oficial, Natal, 1933
• Viajando o sertão – Imprensa Oficial, Natal, 1934
• Em memória de Stradelli – Livraria Clássica, Manaus, 1936
• O Doutor Barata – Imprensa Oficial, Bahia, 1938
• O Marquês de Olinda e seu Tempo – Ed. Nacional, S. Paulo, 1938
• Governo do Rio Grande do Norte – Liv. Cosmopolita, Natal, 1939.
• Vaqueiros e Cantadores – (Globo, 1939) – Ed. Itatiaia, S. Paulo, 1984.
• Antologia do Folclore Brasileiro – Martins Editora, S. Paulo, 1944
• Os melhores contos populares de Portugal – Dois Mundos, 1944
• Lendas brasileiras – 1945
• Contos tradicionais do Brasil – (Col. Joaquim Nabuco), 1946 - Ediouro
• Geografia dos mitos brasileiros – Ed. José Olímpio, 1947. 2ª edição, Rio, 1976.
• História da Cidade do Natal – Prefeitura Mun. do Natal, 1947
• Os holandeses no Rio Grande do Norte – Depto. Educação, Natal, 1949
• Anubis e outros ensaios – (Ed. O Cruzeiro, 1951), 2ª edição, Funarte/UFRN, 1983
• Meleagro – Ed. Agir, 1951 – 2ª edição, Rio, 1978
• Literatura oral no Brasil – Ed. José Olímpio, 1952 – 2ª edição, Rio, 1978
• Cinco livros do povo – Ed. José Olímpio, 1953 – 2ª edição, ed. Univ. UFPb, 1979.
• Em Sergipe del Rey – Movimento Cultural de Sergipe, 1953
• Dicionário do Folclore Brasileiro – INL, Rio, 1954 – 3ª edição, 1972
• História de um homem – (João Câmara) – Depto. de Imprensa, Natal, 1954
• Antologia de Pedro Velho – Depto. de Imprensa, Natal, 1954
• História do Rio Grande do Norte – MEC, 1955
• Notas e documentos para a história de Mossoró – Coleção Mossoroense, 1955
• Trinta "estórias" brasileiras – ed. Portucalense, 1955
• Geografia do Brasil Holandês – Ed. José Olímpio, 1956
• Tradições populares da pecuária nordestina –MA-IAA n.9, Rio, 1956
• Jangada – MEC, 1957
• Jangadeiros – Serviço de Informação Agrícola, 1957
• Superstições e Costumes – Ed. Antunes & Cia, Rio, 1958
• Canto de Muro – Ed. José Olímpio, (dez. 1957), 1959
• Rede de dormir – MEC (1957), 1959 – 2ª edição, Funarte/UFRN, 1983
• Ateneu Norte-Rio-Grandense – Imp. Oficial, Natal, 1961
• Vida breve de Auta de Souza – Imp. Oficial, Recife, 1961
• Dante Alighieri e a tradição popular no Brasil – PUC, Porto Alegre, 1963 – 2ª edição Fundação José Augusto (FJA), Natal, 1979
• Dois ensaios de História – (Imp Oficial Natal, 1933 e 1934) Ed. Universitária, 1965
• História da República do Rio Grande do Norte – Edições do Val, Rio, 1965
• Made in África – Ed. Civilização Brasileira, 1965
• Nosso amigo Castriciano – Imp. Universitária, Recife, 1965
• Flor dos romances trágicos – Ed. Cátedra, Rio, 1966 – 2ª ed. Cátedra/FJA, 1982
• Voz de Nessus – Depto. Cultural, UFPb, 1966
• Folclore no Brasil – Fundo de Cultura, Rio, 1967 – 2ª edição, FJA, Natal;, 1980
• História da alimentação no Brasil – Ed. Nacional ( 2 vol) fev. 1963), 1967, (col. Brasiliana 322 e 323) – 2ª ed. Itatitaia, 1983
• Jerônimo Rosado (1861-1930) – ed. Pongetti, Rio, 1967
• Seleta, Luís da Câmara Cascudo – Ed. José Olímpio, Rio, 1967 – org. por Américo de Oliveira Costa. – 2ª Ed. 1972.
• Coisas que o povo diz – Bloch, 1968
• Nomes da Terra – Fundação José Augusto, Natal, 1968
• O tempo e eu – Imp. Universitária – UFRN, 1968
• Prelúdio da cachaça – IAA, (maio, 1967), 1968
• Pequeno manual do doente aprendiz – Ed. Universitária – UFRN, 1969
• Gente viva – Ed. Universitária UFPe, 1970
• Locuções tradicionais no Brasil – UFPE, 1970 – 2ª edição, MEC, Rio, 1977
• Ensaios de etnografia brasileira – INL, 1971
• Na ronda do tempo – Ed. Universitária, UFRN, 1971 (livro biográfico)
• Sociologia do Açúcar – MIC – IAA, 1971. Coleção Canavieira n. 5
• Tradição, ciência do povo – Perspectiva, S. Paulo, 1971
• Ontem – (maginações) – Ed. Universitária UFRN, 1972
• Uma História da Assembléia Legislativa do RN – FJA, 1972
• Civilização e cultura (2 vol.) – MEC/Ed. José Olímpio, 1973
• Movimento da independência no RN – FJA, 1973
• O Livro das velhas figuras – (6 vol.) – 1, 1974; 2, 1976; 3, 1977; 4, 1978; 5, 1981; 6, 1989 – Inst. Histórico e Geográfico do RN
• Prelúdio e fuga do real – FJA, 1974
• Religião no povo – Imprensa Universitária, UFPb, 1974
• História dos nossos gestos – Ed. Melhoramentos, 1976
• O Príncipe Maximiliano no Brasil – Kosmos editora, 1977
• Antologia da alimentação no Brasil – Livros Técnicos e Científicos ed., 1977
• Três ensaios franceses, FJA, 1977 (do Motivos da Literatura Oral da França no Brasil, Recife, 1964 – Roland, Mereio e Heptameron)
• Mouros e Judeus – Depto. de Cultura, Recife, 1978
• Superstição no Brasil – Itatiaia, S. Paulo, 1985



Luiz Gonzaga do Nascimento
(Nasceu em Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, faleceu em 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o "rei do baião".

Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora-MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. Dele, recebeu importantes lições musicais.
Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Até que, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe (A primeira música que gravou em 78 rpm; disco de 78 rotações por minuto), um tema de sabor regional, de sua autoria. Veio daí a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional.
Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia Guedes deu à luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.
Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de "Lua". E com ela teve outro filho que Lua a Chamava de Rosinha.
Gonzaga sofria de osteoporose. Morreu vítima de parada cárdio-respiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte e posteriormente sepultado em seu município natal. Sua música mais famosa é Asa Branca
Música - Liforme Instravagante
Luíz Gonzaga

Mandei fazer um liforme,
como toda a preparação
para butar no arraiá
na noite de São João (bis)

Chapéu de arroz doce
forrado com tapioca
As fitas de alfinim
e as fivelas de paçoca
a camisa de nata
e os botões de pipoca (bis)

A ceroula de soro
e as calça de coalhada
o cinturão de manteiga
e o buquê de carne assada
sapato de pirão
e a zenfilhon de cocada (bis)

As meias de angu
presilhas de amendoim
charuto de biscoito
e os anelões de bolim
os óculos de ovos fritos
e as luvas de toucin (bis)

O colete de banana
e a gravata de tripa
o paletó de ensopado
e o lenço de canjica
carteira de pamonha
e a bengala de lingüiça (bis)

Vai ser um grande sucesso
no baile da prefeitura
a pulseira de queijo
e o relógio de rapadura
quem tem um liforme deste
pode contar em fartura (bis)

sábado, 12 de novembro de 2011

BIOGRAFIA/ PATRONO DA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL
Profª. TEREZINHA DE JESUS MEDEIROS GÓES
Terezinha de Jesus Medeiros Góes nasceu no dia 11 de agosto de 1927, na Fazenda Amazonas, município de Brejo do Cruz-PB, filha do casal Francisco Bezerra de Medeiros e Ana Anita de Almeida sendo a primogênita de uma família de quinze filhos.
Com apenas um ano de idade foi adotada por seus avós maternos, Joaquim Cirilo de Almeida e Maria Francisca de Almeida. Diante disso foi morar na Fazenda Margarida situada no distrito de Cruzeta. Sua avó e mãe adotiva era professora da Escola Isolada daquela Fazenda.
No ano de 1937 ficou um tempo hospedada, em Cruzeta, na casa de seus padrinhos Joaquim Lopes Pequeno (Seu Baé) e D. Jacinta para estudar no Grupo Escolar Otávio Lamartine.
Em dezembro do mesmo ano seus avós foram morar na Fazenda Entendimento-PB a qual pertencia ao seu pai, dando continuidade aos estudos.
No ano de 1942 retornou a Cruzeta e foi morar na Fazenda Cauassú onde sua avó era professora passando a auxiliar a mesma na turma. Em meio a isto começou a dar aulas no Grupo Escolar Otávio Lamartine.
Casou-se em 09 de janeiro de 1952 com o Sr. Cícero Dedice de Góes constituindo uma família de cinco filhos.
Foi diretora do Grupo Escolar Otávio Lamartine entre 1949 à 1955.
Um de seus grandes feitos foi a pesquisa realizada sobre a fundação de Cruzeta e sobre o aspecto físico do município. Esta pesquisa deu origem ao livro “Noções de Geografia e História do Município de Cruzeta”, que até hoje serve de referência para muitos estudiosos e professores. A pesquisa em forma de livro foi efetuada nas comemorações dos cinqüenta anos de fundação da cidade de Cruzeta no ano de 1970.
Por duas vezes foi diretora do Grupo Escolar Joaquim José de Medeiros.
Atualmente, a Srª Terezinha de Jesus Medeiros Góes é viúva e reside na capital do Brasil, Brasília, mas não se esquece das boas lembranças de sua terra natal – Cruzeta.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BIOGRAFIA/ PATRONO DA ESCOLA ESTADUAL
JOAQUIM JOSÉ DE MEDEIROS
Joaquim José de Medeiros era bisneto do Capitão-mor dos Remédios, Sr. Manoel de Medeiros Rocha.
Nasceu na Fazenda Riacho do Jardim, a 26 de janeiro do ano de 1868 e Ra filho do Sr. Luís Geraldo de Medeiros e de D. Maria Avelina de Medeiros.
Cidadão honrado e trabalhador, de resoluções inquebrantáveis, mas sempre tomadas para o bem comum.
Desde o princípio, quando ainda não havia surgido o povoado que dera origem a cidade de Cruzeta, ele resolvia pacificamente todas as questões surgidas nesta redondeza. Foi sempre tido como chefe nesta região e depois fundador do povoado Remédios. Como fundador, continuou gozando deste privilégio, tendo em vista que não existiam autoridades como: prefeito, delegado, padre, dentre outras.
Homem de fé praticava o catolicismo. Doou generosamente ao Patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios, partes de suas terras onde hoje abriga o centro da cidade de Cruzeta. Empenhou-se de corpo e alma na campanha de criação da Paróquia, mas não teve a glória de ver a Vila passar a cidade. Não possuía grandes riquezas mas vivia independente.
De seu único matrimônio com D. Izabel Romana de Medeiros, nasceram 10 filhos.
Faleceu aos 84 anos de idade, em 18 de setembro de 1952 em sua Fazenda Riacho do Jardim, deixando para todos um exemplo honrado de chefe de família, digno cidadão e zeloso pelo bem comum.
BIOGRAFIA/ PATRONO DO
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
JOAQUIM LOPES PEQUENO
Cognominado Baé, Joaquim Lopes Pequeno nasceu na cidade de Acari-RN, em 03 de setembro de 1892. Filho do Sr. Joaquim Lopes Pequeno e de D. Tereza Brasileira de Jesus. Casou-se com Jacinta Veras. Do seu matrimônio não sobreviveu nenhum filho.
Chegou a Cruzeta em outubro de 1920 quando tinha início os trabalhos de construção do açude público. Naqueles trabalhos exerceu as funções de motorista e depois de armazenista. Dedicou-se inteiramente à causa dos cruzetenses.
Gozou sempre de grande prestígio e aproveitou essa conquista em favor não só da terra, mas também dos que viveram na Vila dos Remédios.
Foi agricultor, criador e comerciante, foi também no município de Cruzeta a figura de grande relevo político. Foi eleito segundo Prefeito Constitucional em 03 de outubro de 1959.
Em Cruzeta Povoado e Vila, Joaquim Lopes Pequeno, prestara-lhe os serviços de Delegado de Polícia e Diretor Educacional.
Como prefeito subscreveu ações da COSERN para eletrificação da cidade pela energia de Paulo Afonso. Manteve assistência médica no município por um contrato semanal com Dr. Odilon Guedes, médico de Acari. Tinha convênio com o Hospital do Seridó em Caicó, depois com o Hospital Padre João Maria em Currais Novos e Hospital Colônia em Natal.
Muito lutou junto a autoridades competentes na obtenção de verbas para construção do prédio dos Correios e Telégrafos. Nos últimos meses de vida ainda manteve entendimentos com autoridades, no sentido de que conseguissem verbas para a construção de pontes sobre os escoadores do açude público.
Foi grande trabalhador na causa da organização dos limites entre Cruzeta e Acari. Fez muito pela Igreja de Nossa Senhora dos Remédios.
Cidadão honrado, muito querido por todos. Nunca houve quem o procurasse toda a atenção e ajuda que estivesse ao seu alcance. Amigo de todos, do velho à criança; todos o conheciam e estimavam como Seu Baé.
Batalhador incansável pelo progresso de Cruzeta. Faleceu em 03 de outubro de 1970, depois de um longo sofrimento. Sua morte pranteada e lamentada por todos os cruzetenses deixou uma saudade profunda aos que desfrutavam de sua benéfica atuação, de sua índole pacífica e benfeitora.
BIOGRAFIA/ PATRONO DA ESCOLA MUNICIPAL
CÔNEGO AMBRÓSIO SILVA
A história religiosa da cidade de Cruzeta está estreitamente ligada à figura do Cônego Ambrósio Silva.
Sacerdote pernambucano nasceu a 15 de dezembro do ano de 1900, no município de Bonito.
Era filho do casal Joaquim Francisco da Silva e de Vivência de Oliveira Leite e Silva. Fez seus estudos no tradicional Seminário de Olinda. Ordenou-se no dia 02 de abril de 1927. Esta cerimônia realizou-se na capela do colégio da Imaculada Conceição em Natal/RN e foi oficiada pelo Excelentíssimo Senhor Bispo D. José Pereira Alves, pastor daquela Diocese.
Vigário de várias cidades no Rio Grande do Norte exerceu a maior parte da sua vida sacerdotal na Paróquia de Acarai. Em 21 anos serviu a Paróquia de Nossa Senhora da Guia naquela cidade, e como a ele pertencíamos, esse trabalho sacerdotal estendeu-se até Cruzeta.
Empreendeu arrojada campanha ao lado dos seus paroquianos cruzetenses, a fim de torná-la Paróquia independente e com grande glória, viu-a coroada de êxito. Fizera esta campanha andando a cavalo, e até a pé, junto aos seus amigos cruzetenses. Foi pelos sítios e fazendas, conseguindo dádivas de animais e um grande número de outros donativos. Com estas coisas ofertadas promoveu arrojado leilão, cuja renda foi suficiente para construir o patrimônio da Nov Paróquia. A generosidade do povo cruzetense foi além do que o padre esperava e com o saldo ele comprou um sito para a nova freguesia.
No dia 15 de novembro de 1954, a capela de Nossa Senhora dos Remédios foi promovida a paróquia. Criada a paróquia de NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS, padre Ambrósio, apesar de vigário de Acari, conseguiu a permissão do Bispo Diocesano D. José de Medeiros Delgado, par ficar definitivamente em Cruzeta.
Antes da criação da paróquia, padre Ambrósio já havia feito uma ampliação na capela e construído altares. Depois de matriz, o vigário construiu a imponente torre. Antes de falecer, padre Ambrósio fez uma reforma geral no interior e na parte externa da igreja.
Matinha entre o povo uma disciplina modelar na igreja. Deixou-a bem servida de utensílios sacros, ornamentos, móveis e paramentos.
Externava uma fé inabalável no Santíssimo Sacramento, um zelo especial pela Santa Eucaristia. As paróquias regidas por ele destacavam-se pela frequência dos paroquianos a mesa eucarística.
No exercício religioso das noves primeiras sexta-feira, o incansável vigário chegava a atender sozinho, em confissão, cerca de 1.200 fiéis, ficando na igreja até meia noite e no dia seguinte, já às três horas da manhã, estava tocando fortemente o sino, a chamar os penitentes que quisessem receber dele, em nome de Deus, o perdão dos seus pecados; após, com aparente satisfação distribuía a Santa Comunhão. Só uma coisa o irritava neste ato de piedade, quando alguma senhora distraída ou alguma mocinha desatenciosa, cortava a fila que dava acesso a mesa da Comunhão. Todos deviam cantar os hinos religiosos na hora da missa com voz muito forte.
Sem nenhum amor a riquezas temporais, Cônego Ambrósio levou uma vida humilde e sem conforto corporal. Andava sempre com sua batina preta a flamejar ao vento nas ruas de terra batida da imponente vila. Seu temperamento forte foi muito apega as causas políticas. Chegou a ser candidato a prefeito da cidade de Florânea/RN, onde também foi vigário.
Detestava a anarquia, sob o ponto de pegar a próprio punho os deturpadores da ordem, retirando-os do meio onde devia reinar a disciplina.
Cônego Ambrósio Silva faleceu aos 57 anos de idade no dia 1º de dezembro de 1957, na cidade de Santa Cruz/RN, quando viajava para Natal à procura de recursos médicos, contra o terrível mal que eliminara sua vida.
BIOGRAFIA/ PATRONA DA ESCOLA MUNICIPAL
ANA ASSIS DE MEDEIROS
Cognominada D. Naninha, Ana Assis de Medeiros nasceu no município de Florânia-RN em 06 de março de 1937. Filha do Sr. Manoel Patrício de Medeiros e da Srª Izabel Theodomira de Medeiros.
Quando jovem, portava de grande estima exercendo com total sabedoria a perfeita educação recebida de seus pais
Casou-se com o renomado comerciante, Sr. Manoel Peixinho de Medeiros, filho do Sr. Manoel Peixinho de Medeiros e Srª Francisca Maria de Jesus.
No ano de 1952, veio residir no município de Cruzeta no Sítio Riacho do Jardim, onde iniciou sua carreira profissional de educadora na Escola Isolada Malhada Grande, permanecendo até o ano de 1955.
Por motivo superior, veio lecionar na cidade de Cruzeta onde deu continuidade como professora na Escola Estadual Otávio Lamartine e Escola Estadual Joaquim José de Medeiros.
Gozou sempre de grande prestígio na causa educacional do nosso município.
Foi mãe de nove filhos, dos quais criou sete, repassando para os mesmos bons exemplos de vida e uma boa educação.
Como mãe foi um verdadeiro exemplo, como educadora foi conselheira, elal e amiga.
Recebeu dos pais a doutrina católica a qual exerceu de forma bela. Foi zeladora, presidente e secretária do Apostolado da Oração da Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, como também era associada da Congregação de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos quais exerceu com dignidade, amor, honestidade, perseverança e humildade.
No ano de 1982 comemorou trinta anos de serviços prestados a educação de Cruzeta com orgulho de várias conquistas.
Faleceu aos 59 anos de idade, em 26 de outubro de 1993 no Hospital Maternidade de Cruzeta.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZETA
PODER LEGISLATIVO

A função do Poder Legislativo consiste na elaboração das Leis Municipais, as aprova para que sejam sancionadas e executadas pelo prefeito. Este órgão deve ter imparcialidade entre estes poderes tendo em vista que tem o objetivo de acompanhar, fiscalizar e orientar o Executivo quanto à aplicação dos recursos públicos oriundos de diversas esferas governamentais.
Com a instalação do município, em 15 de março de 1954, teve-se a posse do primeiro Prefeito de Cruzeta o Dr. Sérvulo Pereira de Araújo. Foi neste mesmo ano que ocorreu a primeira eleição que elegeria o nosso primeiro Prefeito Constitucional e os primeiros membros que constituiriam a Câmara Municipal. Dr. Sílvio Bezerra de Melo foi escolhido, pelo voto popular, para ser o representante do Executivo.
Para representar o Poder Legislativo foram escolhidos oito vereadores:
• Antônio Alves da Cunha
• Tiburtino Bezerra de Araújo
• Sebastião José de Araújo
• João Damasceno Lopes de Araújo
• Cícero Simão Bezerra
• Miguel Pereira de Araújo
• Ladislau Salvino de Medeiros
• João Bernardino Filho
Na época quem presidiu a Presidência da Câmara foi o Sr. Felix Pereira de Araújo, Vice-prefeito, companheiro de chapa do Dr. Sílvio Bezerra de Melo.
A posse do Prefeito, Vice-prefeito e vereadores dera-se a 31 de janeiro de 1955.
Para sede da Prefeitura e da Câmara Municipal fora alugada uma casa residencial bastante simples e sem muita estrutura física e mobiliária. A Câmara fora instalada em um pequeno compartimento deste imóvel, onde hoje é a junta militar e posteriormente em uma sala na própria prefeitura.
Muitas pessoas de renome já passaram pela Câmara municipal de Cruzeta e deram o seu melhor para o progresso do nosso município.