A criança cruzetense do novo milênio diverge muito da do passado, principalmente em valores e cultura. Antes brincavam prazerosamente dentro de sua ingenuidade infantil. Quem não se lembra do velho faz de conta: “o gado de osso, onde os meninos criavam verdadeiras fazendas com grandes rebanhos, da velha baladeira de liga de bicicleta, da bola de meia, ou das famosas bonecas de sabugo de milho e de pano”?
Assim eram nossas crianças. Não tinham muito que fazer, principalmente porque grande parte da população habitava a zona rural. Cruzeta ainda estava nascendo.
A criança cruzetense da década de vinte, trinta, quarenta e cinqüenta não tinha tantos privilégios a educação, a cultura e ao lazer. Filhos de agricultores, uma grande maioria destinava-se ao cultivo da lavoura e da criação de animais.
As noites tediosas dos sítios eram quebradas pelas luzes dos candeeiros, dos vaga-lumes e das estrelas e as brincadeiras de rodas e jogos dramáticos, a brincadeira do anel, to no poço, passarás e tantas outras.
Em meio a tudo isso o tempo ia passando, a cidade crescendo e junto com esta modernização foram também nossas crianças em meio à tecnologia e ao desenvolvimento econômico. Nossos valores ficaram para traz. Nossas crianças dividem seu tempo com os brinquedos eletrônicos, videogame, internet, TV e CD. A juventude sem uma perspectiva de futuro esbalda-se nas noites cruzetenses aos embalos dos sons frenéticos do funk, forrós, dentre outros.
A inocência acabou e muitas destas crianças queimam etapas de sua adolescência em meio a festas, etiquetas, badalações e ao namoro prematuro.
Falta o lúdico familiar, o diálogo doméstico e um melhor desempenho pedagógico por parte das escolas.
Enfim, como seria bom que as crianças de hoje pudessem reviver um pouco das dos passado.
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