quinta-feira, 24 de junho de 2010

ESPANTALHO
Espantalho é um boneco, feito de roupas velhas e chapéu, podendo ou não ser recheado com trapos, palha, estopae ou outros materiais. São colocados em meio a hortas ou plantações com o objetivo de espantar aves, simulando a presença do ser humano.
O uso do espantalho como meio de afugentar aves é relativamente antigo, e está presente em diversas culturas. Tem, contudo, o inconveniente de perder sua eficácia, pois as aves terminam por habituarem-se com eles ― sendo melhormente substituídos por equipamentos como, por exemplo, um dispositivo que simula o estampido de arma de fogo, através de um sistema de ar comprimido.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

HISTORIAS DOS SANTOS JUNINOS E DAS TRADIÇÕES DAS FESTAS
Santo Antonio, considerado o 'Santo Casamenteiro', é o primeiro homenageado do mês com suas trezenas (13 noites de reza, de 1º a 13 de junho). O ritual é realizado paralelamente em inúmeras casas e igrejas pelos devotos.
Segundo uma antiga lenda, o santo português -que teria nascido em 1195 e morrido em 13 de junho de 1231- ajuda as mulheres e homens que estão "condenados" a ficar solteiros a realizar os tão sonhados casamentos.
A tradição de rezar para Antonio é passada de pai para filho ou de mãe para filha. Em cidades como Salvador, o hábito de reverenciar o santo casamenteiro que carrega nos braços o Menino Jesus ainda está presente em alguns lares. Mas no interior dos Estados do Nordeste, ainda a maioria dos católicos preserva esse costume.
Os devotos que perdem a paciência acrescentam algumas simpatias ao hábito de rezar por 13 noites. A principal delas é colocar a imagem de Santo Antonio de ponta-cabeça, mergulhada em um recipiente com água, até o dia do casamento.

O segundo e principal santo católico reverenciado pelos nordestinos é São João, cuja data, 24 de junho, é feriado regional. Além das celebrações católicas, a data é comemorada a partir da noite do dia 23 com muitas festas animadas, com fogueira, fogos de artifício e forró e regadas a bebidas e comidas típicas, como bolos, doces, licores, milho (cozido e assado na fogueira), canjica e quentão.
Segundo historiadores, a tradição das festas juninas -que antes eram chamadas de joaninas- surgiu na Europa durante o século 14. No Brasil, de acordo com o antropólogo Roberto Albergaria, os costumes de homenagear os santos do mês de junho foram trazidos pelos portugueses e readaptados com a inserção de valores de negros e indígenas, como o boi-bumbá, a utilização da mandioca para a composição de pratos típicos e algumas danças.
A tradição das fogueiras também foi trazida do continente europeu e representava o aviso a Maria do nascimento de João, filho de sua irmã Isabel. Os fogos de artifício, por sua vez, representam para alguns o despertar de João. Em Portugal, o uso das bombas e rojões serve para espantar os maus espíritos.

Não menos popular que São João e Santo Antonio, São Pedro é o último a receber as homenagens durante o mês de junho. Homenageado no dia 29, o principal apóstolo de Jesus Cristo é fiel depositário de todas as esperanças de chuva dos nordestinos.
Segundo a tradição, é obrigação dos viúvos e das viúvas acender uma fogueira na porta de casa durante a noite do dia 29. O dia de São Pedro também representa o fim do principal período festivo dos municípios do interior do Nordeste.



sábado, 19 de junho de 2010

HISTÓRICO – COMPANHIA DE TEATRO COISAS DA TERRA.

A cultura cruzetense sempre foi palco de muitos eventos, talvez um tanto quanto simples, mas de muita organização. Dentre as artes existentes destacamos o teatro como pólo de desenvolvimento cultural onde predominam a autonomia, a livre expressão e o gosto por uma das mais belas artes encontrada na humanidade.
Antes mesmo do teatro “O Boca do Inferno” e posteriormente o “Teatro Coisas da Terra” surgirem, Cruzeta já manifestava o hábito da arte de encenar, dentro de suas escolas, grupos de jovens, igrejas, etc.

Era uma vez...
...uma turma do 2º ano do Magistério da CNEC. Nesta época professores da então escola, atualmente extinta, procuravam dar uma nova visão pedagógica na prática educativa institucional. Assim no ano de 1996 (mês de maio), em comemoração ao dia alusivo as mães, a Profª de Literatura Brasileira – Renilda Pereira - e o Professor do Ensino da Arte – Ronaldo Macedo, deram início ao Primeiro Teatro oficial do município. A brilhante professora Renilda, e idealizadora do grupo, juntamente com demais atores intitularam o grupo de TEATRO O BOCA DO INFERNO em homenagem ao grande poeta Baiano – Gregório de Matos Guerra. A primeira atuação do teatro foi no 2º domingo do mês de maio do ano de 1996 em comemoração ao dia das mães da escola Cenecista. A mesma apresentação, (poemas de Gregório), ilustrou a Assembléia da Festa Colheita do mesmo ano. Daí por diante novas peças surgiram, como por exemplo, a história grega de Édipo e Jô Casta.
No ano de 1997 o teatro lançou um grande e cobiçado projeto, a encenação da PAIXÃO DE CRISTO, por sugestão do então delegado de polícia Sargento Braz que ensejava o desejo de encenar a História de vida de Jesus Cristo aos cruzetenses. A diretora do grupo teatral (Renilda), aceitou imediatamente a proposta e deu o seu toque pessoal, adaptando o roteiro da peça com linguagem Bíblica da época baseado nos evangelhos de Marcos e Lucas. A cenografia e figurino de responsabilidade do Produtor Ronaldo Macedo, trazem toda uma originalidade histórica marcada com detalhes romanos onde a população veste roupas típicas de tear (pano de rede) e sandálias de sola crua. A realeza toda uma indumentária de tecidos finos, rebordados de vidrilhos e estilo da época.
O primeiro ator a no papel de Jesus foi do grande ator nato Eduardo Bezerra (Vivim) – filho do saudoso Sinval Azevedo – que se empenhou de corpo e alma no processo de encenação. A produção teve início em um modesto estúdio de gravações – Lino Gravações ao lado da residência de Cleide Mirian de Azevedo, para as gravações do texto já que a estréia seria pelas ruas da cidade, partindo das margens do açude público (DNOCS), passando pela Igreja Matriz de N. S. dos Remédios e finalizando no Cemitério Público São João Batista. No ano de 1999 a encenação passa a ser realizada na Praça de Eventos Dr. Sílvio Bezerra de Melo, onde acontece até os dias de hoje. A paixão de Cristo cruzetense revolucionou as tradições seridoenses, dando maior originalidade e realidade ao drama segundo, o Diário de Natal em uma entrevista feita ao grupo, tempos depois.
No ano de 2001 a então diretora Renilda Pereira abdica da função por motivos particulares, passando o cargo para o Produtor Ronaldo Macedo. Neste mesmo ano o novo diretor reúne o elenco, forma uma direção geral (Ronildo Macêdo, Erivanildo, Izaura, Alex Bezerra, Francimário Boêmio, Dângelo Moisés, Joãozinho, Ricardo Farias, entre outros) e os deixa a cargo da produção, cenários e efeitos do espetáculo. Outro acontecido foi à mudança do nome do grupo “O Boca do Inferno” para – GRUPO DE TEATRO COISAS DA TERRA – a pedido de algumas pessoas da população cruzetense e do próprio elenco.
A partir daí surge um novo tempo para o grupo. O novo diretor, baseado no texto da Profª. Renilda revitaliza o drama com uma nova linguagem literária e cultural tornando-o um pouco mais ecumênico. Para isto, recheou o antigo texto com passagens bíblicas de vários grupos religiosos: Bíblia Sagrada Católica, o Evangelho Segundo o Espiritismo (Kardecista), mensagens mediúnicas, Bíblia Protestante (Igreja Presbiteriana). Apesar desse emaranhado de linguagens o texto ficou com sua essência cristã passando uma bela mensagem de fé aos cristãos cruzetenses.
Ocorreram também à restauração e confecção de figurinos novos, adereços e cenários. A cenografia bastante inovadora na região com a construção de enormes painéis (cortinas com paisagens dos atos da peça), as quais chegam a ter 11 metros de comprimentos, com pinturas formando fundos cenográficos.
Dezenas de atores amadores já passaram pelo grupo teatral. Hoje, muitos já se foram: migraram para outros municípios ou estados, casaram-se, ou mesmo no caso de Vivim que fez sua passagem para junto do criador.
Dentre os diversos atores que passaram pelo grupo, nada se compara ao talento do protagonista do drama da Paixão de Cristo – Francisco Eduardo Bezerra (Vivim). Ele fez o papel de Jesus entre 1997 e 2002. O mesmo era o tipo de personagem que veio com o dom de atuar e necessitava de um laboratório. Cruzeta assim o fez. Artista nato que era se projetou tal qual um verdadeiro Cristo no momento de suas atuações. Fisicamente conduzia grande semelhança ao personagem visto pelo mundo religioso e quanto a sua atuação, a cada ano era superada pelo esforço e desejo de se sentir parte do sofrimento de Jesus. Dava o melhor de si nas performances, gestos e momentos de contracena.
Infelizmente no ano de 2002 (16/10) veio a falecer muito jovem vítima de uma parada cardíaca. Fez sua linda passagem na maior alegria ao lado do afilhado Branquinho no canoão do Parque de Diversões Santa Rita em plena festa da Padroeira.
No ano de 2003, o então diretor Ronaldo Macêdo decidiu não apresentar a Paixão de Cristo. Reuniu o elenco em plena praça de eventos realizando uma bela homenagem ao amigo, encenando a alto biografia do mesmo desde o seu nascimento até sua morte. No momento encontrava-se sua mãe, Srª Violeta Azevedo (já falecida) e sua esposa Izaura Brito (atual diretora de artes do teatro). Um enorme telão foi montado com fotos e mensagens que emocionou a todos.

“No embalo do vento;

No embalo de sorrisos surpresos;

No vai e vem frenético das emoções,

Um sonho é embalado;

Sufocado pelos embalos da vida;

Embalos que deslizaram suaves nas nuvens;

Deslizes que levaram embalados o futuro de um ser;

Um embalo só de ida em um grande barco

Recheado de alegrias e cores...

(R. Macedo/04).

Como o espetáculo não pode parar, neste mesmo ano descobre-se um novo talento (já membro do teatro), o ator André Carlos (filho de Chico Nin) que passou a protagonizar o drama. Atualmente o mesmo permanece fiel aos ideais do grupo, que mesmo residindo em Natal (Macaíba), anualmente comparece a nossa terra para mostrar seu talento na Sexta-feira Santa.
No ano de 2010, o diretor Ronaldo Macêdo reúne seu elenco e parte para uma nova jornada que é transformar o grupo em uma Companhia de Teatro através de uma Associação. As primeiras providências já foram tomadas: Assembléia Geral, criação do seu Estatuto e primeira Ata. O grupo passa a se intitular – “Companhia de Teatro Coisas da Terra” – criou-se também um brasão comemorativo que faz jus as realizações do grupo.

ATIVIDADES TEATRAIS REALIZADAS:

 ANO DE 1997

• Peça realizada a convite da SMECE através do Programa do Governo Federal – “Toda Criança na Escola”.
• Primeira PAIXÃO DE CRISTO
• Peça realizada a convite da EMCAS através do projeto – Violência. Cena urbana acontecida em São Paulo quando uma professora foi feita refém em um ônibus.
• Peças de Clássicos Infantis realizadas na Festa Folclórica da EMCAS.
• Baile à fantasia da turma concluinte – fundadora do teatro.
• Dança envolvendo poesias e a cultura indígena – Folclore EMCAS.

 ANO DE 1998

• 2º Paixão de Cristo – pelas ruas da cidade.

 ANO DE 1999

• 3º Paixão de Cristo – pelas ruas da cidade.

 ANO DE 2000

• 4º Paixão de Cristo – na praça de eventos.

 ANO DE 2001

• 5º Paixão de Cristo – na praça de eventos.
• O Teatro “O Boca do Inferno” muda o seu nome para “Teatro Coisas da Terra”. Muda também a direção para Ronaldo Macedo.

 ANO DE 2002

• Oficina de teatro oferecida às crianças do Programa do Governo Federal – PETI – em Carnaúba dos Dantas -RN, pelo Teatro Coisas da Terra.
• Participação na I Feira Regional de Saúde em Caicó-RN com o tema Ranceníase – Sensibilidade à flor da pele.
• Abertura feita a convite da SMECE para o Programa de Formação Continuada PCN em Ação com a peça “Morte e Vida Severina”.
• 6º Paixão de Cristo – na praça de eventos.
• Participação no Festival de Gincanas realizado em Jardim do Seridó-RN conquistando o troféu de 1º lugar.

 ANO DE 2003

• Peça realiza no Sítio Pedra Preta, propriedade do prefeito Geraldo Alves da Silva – em homenagem ao seu aniversário. “Sátira relatando o dia a dia do mesmo”.
• Participação no III encontro Seridoense de adolescentes. Abertura homenageando a história e cultura dos municípios participantes e encerramento com uma mensagem de paz.
• No ano de 2003 não aconteceu o 7º espetáculo da Paixão de Cristo em decorrência da passagem de Vivim. O Teatro Coisas da Terra alugou um telão e passou na praça de eventos os melhores momentos de sua trajetória na atuação de Jesus. No momento os atores encenaram a biografia (toda sua vida) em homenagem ao mesmo e sua família.

 ANO DE 2004

• A 8ª Paixão de Cristo 2004 revela o ator André Carlos no papel de Jesus. Antes ele atuava como João Batista ao lado de Vivim. Ele foi o escolhido, não para substituir mas, para dar continuidade a um trabalho feito com muito amor e dedicação para a população cruzetense. Atualmente a Paixão de Cristo tornou-se para o Teatro Coisas da Terra uma marca de referência cultural.
• Dia de lazer oferecido ao elenco do Teatro Coisas da Terra no Sítio Pedra Preta de propriedade do Prefeito Geraldo Alves da Silva.
• Participação na II Feira Cultural da Escola Municipal Calpúrnia C. de Amorim na cidade de Jardim do Seridó. Além da apresentação no encerramento o Teatro montou uma exposição contando os principais fatos históricos e culturais do município de Cruzeta e sua gestão atual.
• II Halloween organizado na Associação Educadora de Cruzeta.
• Gincana Cultural – São João do Sabugi-RN.

 ANO DE 2005

• A 9ª Paixão de Cristo.
• Realização do III Halloween

 ANO DE 2006

• A 10ª E 10ª Paixão de Cristo.
• Realiza na A.E.C. o 1º Concurso do Garoto e Garota Corpo Dourado.
• Gincana Cultural – Cruzeta X São João do Sabugi.
• Peça em um ato – O Casamento Maluco – participação no Aqui Acontece São João e Festa da Coleita.

 ANO DE 2007

• A11ª Paixão de Cristo.
• Faz a Abertura do 14º Aqui Acontece São João com a Peça – “O Grande Pecado de Lampião e sua Terrível Peleja para entrar no Céu”.

 ANO DE 2008

• A12ª Paixão de Cristo.
• Faz a Abertura dos 15 Anos do Aqui Acontece São João com Uma bela “Dança Flamenca” – em homenagem a primeira quadrilha de Cruzeta – O Arraial dos Três Rios.
• Participação na primeira noite dos motoristas na Festa de Santo Antônio.

 ANO DE 2009

• A13ª Paixão de Cristo.
• Participação na segunda noite dos motoristas na Festa de Santo Antônio.

 ANO DE 2010

• A14ª Paixão de Cristo.
• A convite do Pe. Heliton Marcone encena no último de maio, no Palácio de Esportes, a peça “As aparições de N. S. de Guadalupe”.
• Realiza carreata e homenagem aos motoristas durante a Festa de Santo Antônio.
• Reencena a peça - “O Grande Pecado de Lampião e sua Terrível Peleja para entrar no Céu” no 18º Aqui Acontece São João.

sexta-feira, 11 de junho de 2010


AQUI ACONTECE SÃO JOÃO

ARRAIAL DOS TRÊS RIOS...

No ano de 1993, a secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte idealizam os resgates dos festejos juninos no município de Cruzeta, baseada em uma festa popular e que desse acesso a todos os cruzetenses de fazer parte da mesma.
A secretária de educação da época – Edineuza Monteiro de Medeiros – juntamente com uma brilhante equipe – a Srª Anaiza Monteiro, Ronaldo Macêdo, Márcia Monteiro, Maria Alves, Auzinete Monteiro, Adaúcia, Nalma Panema, Marluce de Bibi, Catarina, Ivonete Dantas Orlando, Manoel Divino, dentre outros arquitetam um grande arraial ao ar livre. Resolveram promover uma festa junina diferente. Em frente a matriz de Nossa Senhora dos Remédios, montou-se o arraial com bandeirolas, barracas ornamentadas, comidas típicas, enfeitaram o local. Surgia o 1º AQUI ACONTECE SÃO JOÃO.
Este evento serviu também de palco para exibição da primeira quadrilha estilizada do Rio Grande do Norte – ARRAIAL DOS TRÊS RIOS. A ideia da quadrilha junina parte do Pe. José Alves, Srª Cleide Mirian e Srª Eneide Brito, através da paraibana D. Creuza. Vindo do visinho Estado da Paraíba este novo estilo de dança e figurinos padronizados, chamou a atenção dos cruzetenses. Um ano depois, surge a quadrilha estilizada Arraial nas Estrelas.
Municípios vizinhos começaram a investir neste novo festejo popular e surge o concurso de quadrilhas estilizadas em Natal, capital do RN. O Arraial nas Estrelas atingiu o auge de tri-campeã do RN e figurou entre as melhores do Nordeste.
O brilho das quadrilhas cruzetenses sempre chamou a atenção de todos, até mesmo as mais simples que começaram a se organizar e criar um novo estilo de dança – A QUADRILHA ORGANIZADA – aquelas que padronizam figurino, mas mantém um pouco de coreografias tradicionais.

Quem não lembra?

ARRAIAL DOS TRÊS RIOS – 1993
ARRAIAL NAS ESTRELAS – 1994
ARRAIAL DO BAÉ – 1994
ARRAIAL DOS CASULINHOS – 1994
JESUS MENINO NO ARRAIAL – 1994
ARRAIAL DA 3ª IDADE – 2993
FUNCIONÁRIOS NO ARRAIAL – 1997
BALANCÊ JUNINO – 1999
ARRASTAPÉ DA CELINA – 2000
CIRANDA RODA VIVA – 2000
ARRAIAL FLOR DE LIZ- 2003
BALANCÊ DO SERTÃO – 2004

Atualmente, todos esses grupos de danças estão extintos, estando apenas pequenos grupos organizados as escola municipais e estaduais do município: Ana Assis de Medeiros, Cônego Ambrósio Silva, Joaquim Lopes Pequeno, Otávio Lamartine e grupo remanescente do Alto dos Remédios.
Em suma, o que foi um grande palco de cores e brilho, tornou-se uma fraca tradição no que diz respeito a investimento cultural no município.
No ano de 1997 com a construção da Praça de Eventos, em 1998 o Aqui Acontece São João passa a ser realizado na referida praça, onde está até hoje. Em 2004, A secretária de educação Cleide Miriam, juntamente com o Coordenador de Cultura Ronaldo Macêdo decide promover o 1º Concurso de Quadrilhas Estilizadas no município de Cruzeta. Muitas quadrilhas famosas se inscreveram e puderam participar deste evento, que atualmente ainda persiste. O evento, além de abrilhantar os festejos juninos, é um dos melhores do Estado em termos de premiação.
FESTEJOS JUNINOS EM CRUZETA


Cruzeta sempre foi uma cidade pacata mais muito animada e forrozeira. No início da vila (1920), no mês de junho eram realizados os forrós pela zona rural – sítios, fazendas. Os Santos: Antônio, João e Pedro sempre foram homenageados com muita alegria, comidas típicas, como: pamonha, canjica, bolo preto, não podia faltar. O milho verde assado na fogueira era tradição, bem como o milho cozido.
Com a construção do Grupo Escolar Otávio Lamartine (1935), muitos eventos passaram a acontecer naquele lugar, inclusive os festejos juninos.
Os Festejos juninos ganharam uma grande proporção com a presença de visitantes através do famoso Forró do DNOCS, organizado pelo Sr. Ronaldo Gomes, e equipe, em honra ao saldo dos colonos ocorrido anualmente. No início esta festa era dedicada especialmente para as famílias de colonos. Com o passar dos tempos a festa tomou grandes proporções, chegando a ser um dos melhores eventos juninos do Seridó; (atualmente se faz extinta).
Muitas festas juninas aconteceram na antiga Cruzeta: Forró do São Pedro na quadra do DNOCS; Forró do Seuneca na quadra da extinta CNEC (atualmente EMCAS); Festa do Arraial na Escola Estadual Otávio Lamartine; Arraial da 3ª Idade do Grupo de Idosos.
No ano de 1993, A Secretária de Educação Edineuza Monteiro, juntamente com sua equipe da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Ronaldo Macêdo, Marluce de Bibi, Márcia Monteiro, Auzinete Monteiro, Adáucia (falecida), Nauma Panema, Maria Alves, Orlando, Catarina, dentre outros) Criaram uma grande festa de rua _ O AQUI ACONTECE SÃO JOÃO, o qual se realizava em frente a Igreja de N. S. dos Remédios.
As escolas municipais e estaduais do município investiam pesado na decoração, quadrilhas, barracas, surgindo também neste mesmo ano a primeira quadrilha estilizado do Rio Grande do Norte – O ARRAIAL DOS TRÊS RIOS.
No ano de 1997, com a construção da Praça de Eventos Dr. Sílvio Bezerra de Melo, este evento passou a ser realizado na mesma. O supracitado ainda permanece vivo e tenta manter esta tradição que é um orgulho para os cruzetenses.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ORIGEM DOS FESTEJOS JUNINOS

De acordo com historiadores das tradições religiosas, OS FESTEJOS JUNINOS no Brasil têm origem agrária e remonta a antiga Europa pagã. Comemorou a mudança do solstício, a fertilidade da terra, a época das colheitas e homenageia Juno (deusa romana da fertilidade). Trazida para o Brasil como consequência da colonização portuguesa (1.500), resultou na aglutinação dos cultos pagãos às homenagens aos Santos Católicos: São José, Santo Antônio, São João e São Pedro. Existem ainda pessoas que incluem São Paulo nas comemorações, pois seu aniversário de morte acontece no dia dedicado a São Pedro.
A festa junina, que também podem ser denominadas ôjoaninas, tem São João, na tradição católica, como principal homenageado porque ele simboliza aquele que anuncia a vinda do Messias. Os demais Santos são homenageados nos seus dias específicos e tem grande influencia no devocionário popular.
Nos culto Afro brasileiro (trazidos pelos escravos da África), São José é o protetor da família e corresponde ao orixá Oxossi ou Odé; Santo Antônio, protetor dos pobres e casamenteiro, corresponde a Ogum; São João dono da festa, corresponde ao orixá Xangô; São Pedro, protetor da viúvas, dos pescadores, dono da chuva e chaveiro do céu, corresponde ao orixá Exú.
UM SONHO QUASE PERFEITO

Despertei dum sono maravilhoso
em uma manhã serena,
típica do interiorano
na pacata Cruzeta
cidade pequena.

Veio à memória, um filme de imagens
aglutinando épocas diferentes
- uma verdadeira viagem encantadora...
...Contemplei entre os rochedos
e a vegetação de caatinga,
o encontro dos três rios
- exuberante paisagem,
tanto cobiçada pelos indígenas
e os primeiros colonizadores,
visando a expansão da criação do gado
Assim, surgia a Fazenda Remédio.

Saudei o senhor Joaquim José de Medeiros,
homem acolhedor, lembrado em importante
estabelecimento educacional.

Ao lado do cônego Ambrósio,
lá estava eu e muitos outros,
na mesma lida incansável
para erguemos a nossa casa de oração:
A Igreja dos Remédios,
onde rendemos nossas fervorosas orações.

E o velho cruzeiro?
Ah! Ali estava ele,
a cruz da praça,
bem firme no adro da padroeira!

Adiante, fui vendo aos poucos,
a edificação dos velhos casarios
e suas formas arquitetônicas
derredor da igreja.
Revivi aquele vinte e quatro de outubro,
efemérides festiva e marcante à fundação da cidade.

Mil novecentos e vinte,
na minha velha ribeira;
debaixo duma latada
foi feita a primeira feira.
Velhos e bons tempos de tradição
condenados ao esquecimento
- coisas que não voltam mais!

Já em dezoito de agosto,
no ano de trinta e sete;
o lugar muda de posto
e a vila virou manchete.

Surge através da virtude,
um desejo muito grande...
Com a construção do açude
o espelho d’água se expande.

Vinte e cinco de novembro
do ano cinqüenta e três,
vem a emancipação
momento de vividez”
Conversando com amigos,
lembrávamos a simplicidade da nossa gente:
os namoros respeitosos;
a severidade dos pais,
vigiando os atos da juventude.
Beijos e abraços?
Jamais, às vistas da sociedade.

As antigas brincadeiras;
as cantigas de roda;
nosso modo de vestir;
o chapéu em saudação;
o respeito aos mais velhos;
as festas tradicionais...
presenciei as mais significantes
transformações da minha terra.

Vi o comércio se estabelecer
a partir dos humildes comerciantes
e suas bodegas;
a chegada da Estação Experimental,
na febre do algodão.

Também recordei nossos valentes vaqueiros,
Agricultores, ceramistas
e outros seguimentos sociais, fervorosos
participando da festa da colheita;
das quermesses na festa da padroeira.

Fiquei encantado com o clarão
da luz de Paulo Afonso.
quanta euforia do nosso povo
Naquela noite!

E por falar em noite, sabe de que lembrei?
Lembrei das noites de São João!
Dos festejos juninos. Das fogueiras.
Saudades dos arraias do passado e do presente.
Arraiá Três Rios; Arraiá nas Estrelas,
a pioneira no nordeste.
Ó que saudades!

Encontrei personalidades:
Monsenhor João Agripino e suas irmãs religiosas;
Mônica Maria falando de educação e artesanato;
Terezinha de Jesus Góis;
Renilda Pereira e Ronaldo Macedo;
e até tirei quebranto com Barica Rezadeira!
Ouvir os acordes sonoros
de Paulo Lúcio em seu violão mágico.

E, parei diante da nossa gloriosa
Filarmônica, sob a regência do maestro Bembém,
executando aquelas saudosas retretas.

Quantas emoções ao deparar-me
com as reminiscências fotográficas de seu Inácio...
De repente... As velhas fotografias
pareciam desbotadas e as imagens
desaparecendo completamente dos olhos meus...

...iria lembrar muito mais!
Entretanto, acordei ao som alegre da passarada,
Interrompendo UM SONHO QUASE PERFEITO.

POEMA DE _ Djalma Mota

domingo, 6 de junho de 2010







MOTORES RONCARAM NA FESTA DE SANTO ANTÔNIO/2010

Aconteceu no dia 05/06/2010 a 2ª Novena da Festa de Santo Antônio, a NOITE DOS MOTORISTAS - Responsáveis: Companhia de Teatro Coisas da Terra/ Mototribo Cariris e Formiga do Asfalto sob a coordenação de Ronaldo Macêdo, Izaura Brito, Micheline Almeida e Luiz da Padaria. TEMA DA NOITE: "Santo Antônio: servo e protetor do povo".
Tudo ocorreu de forma harmoniosa com a participação de motoristas, mototaxistas, ciclistas e comunidade. A imagem de Santo Antônio ia a frente seguida de uma grande carreata. Durante a novena aconteceu uma linda homenagem aos amantes do volante com a "Oração do Motorista" que emocionou a todos. Um telão foi montado com belas imagens de todos os veículos que servem não só de passeio mas também de instrumento de trabalho. Agradecemos a todos os envolvidos pelo lindo momento e pela participação da comunidade.



ORIGEM DA CAPELA E FESTA DE SANTO ANTÔNIO
A capela de Santo Antônio encontra-se na rua Manoel Martiniano de Medeiros no Bairro Santo Antônio e foi fundada em junho de 2000. Na época do governo municipal Geraldo Alves da Silva e do pároco Pe. José Alves da Silva, aforou o terreno que pertencia a prefeitura municipal, comprando duas casas que se encontrava ao lado do mesmo para que o projeto da capela fosse realizado.
Algo interessante está nos nomes dos antigos donos das casas os quais se chamavam “Antônio e Antônia”.
A escolha do padroeiro Santo Antônio tem motivo nos três Santos cultuados no mês de junho e por já existir a Capela de São Pedro no Bairro Alto dos Remédios e a Conferência Vicentina Santo Antônio no antigo Bairro Boa Vista (atualmente Bairro Santo Antônio).
O Pe. José Alves celebrou a primeira missa na planta da capela no dia 31 de junho de 2000 e a primeira festa foi realizada entre 10 e 13 de junho de 2001. Na oportunidade aconteceu festejos sociais como música ao vivo, serviço de bar, comidas típicas, dentre outros, com o objetivo de angariar recursos para o término da construção.
A capela aos poucos tomou forma e as paredes foram erguidas. Mesmo sem o teto, no dia 08 de março de 2003 a primeira criança fora batizada, o garotinho André Carlos de Oliveira Caiana filho do casal Antônio Caiana (cabo da PM) e Marlene Maria de Oliveira.
No segundo ano de sua festa (2002), o padroeiro ainda não contava com o seu Hino. O Pe. José Alves ao saber que a senhora Ambrosina Maria (moradora e colaboradora da capela), era conhecedora do Hino de Santo Antônio pediu que a mesma o cantasse aos presentes, fixando-se o feito. Atualmente o hino cantado por D. Ambrosina ecoa na voz de todos os fies da capela.
Entre os anos de 2003 e 2004 pouco se fez para que a capela fosse concluída.
No ano de 2006 uma grande equipe do ECC (Encontro de Casais com Cristo) mobilizou a comunidade do Bairro e cruzetenses a fim de levantarem recursos para a cobertura da capela. Entre os feitos, o grupo realiza a campanha da garrafa peti, permanência de um serviço de comida e bar na residência do casal Ninga Almeida e Marluce, aconteceu a 1ª Feirinha de Santo Antônio com vendas de comidas e bebidas e ainda, um grande brechó (na construção do Supermercado do Sr. Edimilsom) pela Companhia de Teatro Coisas da Terra. Toda essa renda foi totalmente revertida para a continuidade dos trabalhos de conclusão da Capela. Entre os anos de 2008 a 2010 acontece a noite dedicada aos motoristas, mototaxistas e ciclistas organizada pela Companhia de Teatro Coisas da Terra e Clubes de Motociclistas da cidade – (2008 teve-se a presença do M.G. Relâmpagos do Asfalto, em 2009 e 2010 a parceria ficou com o Mototribo Cariris e Formiguinha do Asfalto).
Muito já se fez a favor da casa de oração: a base principal da capela está pronta com bancos, altar, adornos, paramentos e nas laterais já fora erguido um salão para reuniões e festas sócias e um outro esta prestes a ser concluído onde será destinado para copa e cozinha. A capela está linda e muito bem dirigida pelos seus organizadores e comunidade do Bairro Santo Antônio.
Atualmente (ano de 2010) a brilhante equipe liderada pela Srª Lúcia de Titico, mais uma vez mobiliza a comunidade para mais uma grande festa dedicada ao padroeiro Santo Antônio.

terça-feira, 1 de junho de 2010


NOSSAS PRIMEIRAS MORADIAS
Nossas primeiras habitações eram construídas de pau-a-pique (estruturas de varar recobertas com argila) erguidas pelos próprios moradores. Essas rudimentares arquiteturas se estendiam ao longo dos sítios aqui existentes antes da criação do nosso povoado, inclusive no Sítio Remédios pertencente ao Sr. Joaquim José de Medeiros.
Com o início da construção do nosso açude público, muitas pessoas de municípios vizinhos migraram para a nossa localidade a fim de progredir comercialmente. Surgiram então as edificações de alvenarias, lá pelos anos 20. Segundo Terezinha de Jesus Medeiros Góes, em sua monografia “Noções de Geografia e História do Município de Cruzeta”, o Sr. Francisco Gomes Filho foi o primeiro a construir uma casa; o Sr. Basílio de Cruzeta construiu a segunda e o Sr. João Gomes construiu a terceira residência. Nesta última funcionava, também, o primeiro hotel da cidade pertencente a Srª Josefa Gomes.
Em 1021 era traçada a planta da capela de N. S. dos Remédios, pelo Sr. Francisco Raimundo de Araújo. Os trabalhos de edificação duraram até o ano de 1923. A tardinha o povo que aqui residia, organizavam-se em procissão e executavam o carregamento do material que sira utilizado nos trabalhos da construção da capela. Estes materiais (pedras, areia, barro, tijolos e telhas), foram trazidos na cabeça de cada um, numa verdadeira romaria.
A madeira para a cobertura da igrejinha foi doada pelo Sr. Luiz Geraldo de Medeiros e veio de sua propriedade no município de Santa Cruz do Inharé, em costas de burros.
Prosseguiram as construções e o Sr. Joaquim José de Medeiros construiu sua casa de alvenaria no lugarejo. Atualmente a casa é desconstituída de sua originalidade interna, restando historicamente intacta apenas a fachada externa. A mesma fica localizada a rua Raimundo Bezerra coma a rua....
No ano de 1931, foi construído um pequeno mercado, atualmente o grande mercado público – que objetivava o acúmulo da feira livre – o mesmo está quase vazio sendo a feira livre realizada nos arredores do prédio.
Em 1935 deram-se início as construções do Grupo Escolar Otávio Lamartine, em homenagem ao fundador e chefe da Estação Experimental do Seridó. O primeiro livro de matrículas, foi aberto em 15 de janeiro de 1936 contando com um total de 146 alunos, assinado por Iracema Brandão de Araújo, primeira diretora.
Aos poucos a cidade foi crescendo, se desenvolvendo e pacato Sítio Remédios perdera a sua inquietude, tornando-se um grande povoado onde atualmente se faz uma bela cidade em desenvolvimento e voltada para o progresso.




CONCEITO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CRUZETA

CRUZETENSES são os habitantes naturais da cidade de Cruzeta, ou seja, que nasceram ou residem nela.
A fundação da cidade de Cruzeta aconteceu em 24 de outubro de 1920, quando houve a primeira feira no povoado e a primeira missa foi rezada pelo Pe. João Clementino de Moraes. O Sr. Joaquim José de Medeiros encomendou uma pequena imagem esculpida primitivamente em madeira por um artesão (não identificado) de n. s. da Saúde. Atualmente denominada de N. S. dos Remédios. Isto se deu pelo motivo de N. S. dos Remédios conduzir em seus braços o menino Jesus e um ramalhete de Flor de Liz, enquanto que N. S. da Saúde conduz em seus braços o menino Jesus e um cálice. Mesmo assim, todos a veneram como Nossa Se4nhora dos Remédios como costume dos nossos antepassados.
No dia 18 de agosto de 1937, o povoado passou a condição distrito de Acari. No dia 25 de novembro de 1953, pela Lei nº 915, cruzeta desmembrou-se de Acari e tornou-se município do Rio Grande do Norte.
Segundo informações colhidas na Prefeitura Municipal da cidade de Acari, houve época em que Cruzeta passou a denominar-se JOÃO PESSOA. Isto se acredita acontecer na época em que fora prefeito interino do município de Acari, o Sr. Cipriano Bezerra Galvão Santa Rosa. Não há uma afirmação oficial desta mudança, apenas boatos coletados por antigos pesquisadores. Um ofício encontrado no arquivo municipal daquela referida cidade, do Diretor Geral do Departamento de Segurança Pública do Estado para o citado prefeito, pedia informações se era oficial a mudança da povoação de Cruzeta para a denominação de João Pessoa. O ofício com nº 414 é datado de 05/10/1931. Entretanto, no referido arquivo, não foi encontrado nenhum documento que comprovasse a mudança, nem tão pouco resposta do Prefeito ao Diretor do Departamento justificando-a.
O plano urbanistico da da cidade foi feito por uma equipe do INFOCS, formada por Dr. Paulo Mendes da Rocha, Dr. Constantino Reis Rocha, Dr. Sílvio Adherne, Dr. Antídio Guerra (agrônomo sanitarista que dirigiu a Estação Experimental do Seridó de 1936 a 1945) e mais o empírico Francisco Raimundo de Araújo, convidado por eles para integrar a equipe. Francisco Raimundo apontou o local onde deveria se situar os principais pontos da cidade e os engenheiros se sumeteram as suas decisões.