COLONICAÇÃO DO SERIDÓ
O Nordeste Brasileiro foi das primeiras regiões do Brasil a iniciar sua colonização.
"A colonização do Nordeste provocou a formação de dois enclaves produtores de cana-de-açucar, na região da Mata de Pernambuco e no recôncavo Baiano, que poderiam ser caracterizados como regiões de especulação. A dinamização desses enclaves e a meação de ocupação das áreas vizinhas pelos franceses provocaram a expansão do povoamento e o desenvolvimento da pecuária, levando à formação de condutos (caminhos) que demandavam os dois centros economicamente mais dinâmicos - Olinda-Recife e Salvador - provocando a formação de bacias urbanas que poderão, no futuro, transformar-se em regiões organizadas".
O povoamento do Nordeste fundamentou uma economia primário-exportadora nos condicionamentos mesológicos. Ele aconteceu numa sucessão de formas muito diferenciadas em natureza, intensidade, extensão e repercussões. O efetivo domínio do território regional significou uma especialização de atividades em distintas áreas. Praticou-se o extrativismo no litoral: agroindústria canavieira, na Zona da Mata; declinou-se o interior com a pecuária.
A ocupação do interior do Nordeste foi determinada pela necessidade de prover a área açucareira de animais para o trabalho e o alimento.
Foi de Pernambuco que partiram os colonizadores do sertão seridoenses, na mesma ocasião em que ocorria em todo o interior nordestino. O povoamento da região do Seridó começou no fim do século XVI, quando o homem civilizado, após bárbaras crueldades, exterminou os selvagens que habitavam às margens do rio Açu e seus afluentes, entre os quais o rio Seridó.
Por volta de 1676, foram concedidas as primeiras datas da terra no Seridó, onde começou sua organização espacial, através de atividades econômicas que podem ser divididas em fases distintas.
"O Sertão com facilidade se povoava de gado, porque dava lucro com pouca despesa e as plantas haviam mister mais operários e nem todos podiam ter o necessário para elas".
A primeira fase é representada pela pecuária com povoamento de áreas margeadas pelos rios Acauã, Seridó e Piranhas. A segunda, pela expansão da cotonicultura, fixada nos meados do século XIX, no interior de todo o Estado, ocasionando o crescimento dos Centros Urbanos, que, estrategicamente, se situavam nas procimidades das áreas produtoras e nas vias de escoamento dessa produção".
"O gado levou o homem civilizado para o Seridó e o algodão expulsou o gado e fixou o homem à região".
Nesse período de expansão da pecuária no Rio Grande do Norte, na região seridoense, surgiram numerosas fazendas e povoações.
(FONTE: Mª Socorro Santos).
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