quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O SERIDÓ

(Adauto Guerra Filho/ 2001).

Região de escassa folhagem, clima seco
E de nome que faz jus a sua corografia.
Terra outrora pertencente a livres indígenas,
Que feneceram ante a invasão do português genocida.
Seridó dos cactus que resistem à seca
E desafiam a inclemência do tempo.
Seridó dos rios que serpeiam entre prados e carpinas
E dos lagos que reservam esperanças.
Seridó dos altos montes que dão abrigo às cabras
E dos ariscos rochedos que protegem os arganazes.
Seridó do vaqueiro que acossa o touro no íngreme cerrado
E não esquece o gado que malha ao pino do meio-dia.
Seridó do camaleão que iguala a sua cor à da árvore que o protege;
E do tejuaçu que brinca entre as sapopemas da oiticica.
Seridó das juremas, dos pereiros, dos mofumbos,
Paradas para descanso das ovelhas quando voltam do bebedouro.
Seridó do sertanejo que desperta ao raiar do sol
E moureja até o entardecer.
Seridó do algodão que caracteriza a terra:
Ouro branco pela riqueza que proporcionou.
Seridó do cão, do boi, do cavalo, do jumento,
Que servem ao homem em todas as horas.
Seridó de tantos homens ilustres do passado
Que gravaram uma bela história para as gerações futuras.
Seridó dos pássaros que cantam nas frondes dos arvoredos
E das rãs que coaxam a beira dos lagos.
Seridó semelhante à Palestina onde Jesus nasceu.

Um comentário:

  1. adorei a materia nasci em cruzeta, meu avo tomaz lopes galvao e meu pai Espedito lopes Galvao , mais si dai aos 11 anos de idade moro no estado de são paulo , senti muitas saudades ainda me lenbro dos banhos de açude, das feiras livres . e etc

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