domingo, 14 de novembro de 2010

HISTÓRICO DA PARÓQUIA DE N. S. DOS REMÉDIOS


Atualidade
A religiosidade do povo cruzetense tem respaldo no cristinaismo, em virtude da cultura religiosa dos portugueses, sendo a religião Católica, com seus dogmas e crenças, a condutora de toda a radiação católica nessas paragens. Nos anos 20, o catolicismo foi aqui estabelecido como sendo a religião oficial do então povoado de Cruzeta, popularmente conhecido como a Vila dos Remédios. Essa fé religiosa superada no uso de Maria – a mãe de Jesus Cristo – como sua padroeira sob o Título de N. S. dos Remédios, conforme reza a cultura católica.
Com a edificação do povoado Remédios, ou seja, em 1921, o Sr. Francisco Raimundo de Araújo, a pedido do Sr. Joaquim José de Medeiros, traçava a planta da capela da nossa padroeira. Os trabalhos de edificação da nossa primeira casa de oração duraram até o ano de 1923.

Segundo Terezinha de Jesus Medeiros Gões (1970, p. 54), “o povo que já residia aqui naquela época, movido por uma santa piedade, organizava-se todas as tardes em procissão e executava o carregamento do material que seria utilizado nos trabalhos de construção da capela”. Este material (pedra, areia, barro, tijolos e telhas), foi trazido na cabeça de cada um, numa verdadeira romaria. O material para construção da capela era transportado do local onde hoje é a Estação Experimental do Seridó. Naquela época pertencia a família Praxedes.
A madeira para a cobertura da igrejinha foi doada pelo Sr. Luís Geraldo de Medeiros e veio de sua propriedade no município de Santa Cruz do Inharé, em costas de burros. A frente da capela foi erguido um cruzeiro denominado Cruzeiro das Almas (pesquisar em outra postagem). Joaquim José de Medeiros fez a doação de uma pequena imagem entalhada em madeira naturalizada Nossa Senhora dos Remédios (atualmente pertencente ao patrimônio da matriz).
De 1920 a 1944 os párocos de Acari vinham para cá celebrarem missas e/ou outros eventos religiosos; dentre eles: PADRES - João Clemente de Moraes Barreto, João Soares Bilro, Ambrósio Ramalho, Luís Carlos Guimarães Wanderley, Bianor Emílio Aranha, Manoel da Costa, Francisco Márcio C. de Aquino, Omar Bezerra Cascudo, João da Matta, José Medeiros Leite, Pedro Paulino Duarte da Silva, Walfredo Dantas Gurgel e Antônio de Melo Chacon.
Em 13 de novembro de 1944, os cruzetenses tinham a grata satisfação de assistir à criação de sua Paróquia, pelo decreto nº 25 do 1º Bispo Diocesano de Caicó Dom José de Medeiros Delgado. Éramos Paróquia e devíamos a vitória aos eforços conjuntos de Cônego Ambrósio Silva, Joaquim José de Medeiros, Joaquim Lopes Pequeno, Tertulino Fernandes, João Damasceno de Góes, Crispim Berto, Luís Geraldo, Sebastião José de Araújo e muitos outros colaboradores. Nosso primeiro vigário foi Cônego Ambrósio Silva.
Os dois corredores nas laterais da Igreja de N. S. dos Remédios foram construídos em 1927 pelo Pe. Luís Carlos Guimarães Wanderley e a torre, de 1946 até 1948, por Cônego Ambrósio Silva. Na década de 40 a pequena capela torna-se igreja passando a ser paróquia. Para melhor acomodar o paróco e os visitantes religiosos que aqui chegavam foi construída a Casa Paroquial no ano de 1944, pelo Bispo da Cúria de Caicó-RN, Don José Medeiros Delgado. O relógio da matriz foi afixado na torre no ano de 1956, doado pelo Sr. Antônio Alves da Cunha (avô de Drª Deise), que o comprou através de sessões de cinema (realizadas nas quartas e domingos) no salão do Grupo Escolar Octávio Lamartine.
Igrja de Cruzeta sem a torre frontal.
Nos anos 50, quando se deu a Emancipação Política do distrito, a Congregação Mariana – movimento católico masculino que venera Maria, como sendo a mãe da humanidade – foi estabelecida com a participação de Dr. Nemésio Palmeiras de Lemos, chefe do DNOCS, o qual expulsou de Cruzeta alguns protestantes que intentavam instalar uma igreja evangélica nesta cidade.
Em 1986 trocam-se o forro (de esquadria e placas de isopor) por laje, com novas portas e vitrais.

PARÓCOS E SEUS MINISTÉRIOS NA IGREJA DE CRUZETA:
  • 1944 a 1947 - Cônego Ambróeio Silva
  • 1947 a 1950 - Cônego Estanislau Piechel
  • 1950 a 1957 - Cônego Ambrósio Silva
  • 1957 a 1964 - Pe. ernesto sa Silva Espínola
  • 1965 - Pe. francisco de Assis Silva
  • 1956 - Pe. Ernesto da Silva Espínola
  • 1967 a 1973 - Pe. Talvaci Salustino Soares
  • 1973 a 1990 - Pe. Ernesto da Silva espínola
  • 1990 a 2003 - Pe. José Alves dos Santos
  • 2003 a 2009 - Pe. Amaurilo José dos Santos
  • 2009 a atualidade - Pe. Heliton Marconi
A Matriz foi tombada pelo Patrimônio Histórico – IBGE – protegida por Lei nº 2321-5 e foi consagrada em 18 de outubro de 1987, pelo Pe. Ernesto da Silva Espínola e o  bispo Heitor de Araújo Sales.

 

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